“Uma formulação das interações entre um organismo e o seu meio ambiente, para ser adequada, deve sempre especificar três coisas: 1) a ocasião na qual ocorreu a resposta, 2) a própria resposta e 3) as conseqüências reforçadoras. As relações entre elas constituem as ‘contingências de reforço.” (Skinner, 1975, p.182).
O Modelo Denver de Intervenção Precoce utiliza os princípios da Análise Aplicada do Comportamento para auxiliar as crianças com autismo a aprenderem novos comportamentos. Um dos princípios básicos da Análise do Comportamento são as contingências de comportamento, ou seja, as circunstâncias em que ele ocorre e as consequências que ele produz. Pode-se perceber na imagem acima que todo comportamento é influenciado pelos seus antecedentes e, principalmente, pelas suas consequências. Dessa forma, a consequência de um comportamento pode fazer que a frequência da sua ocorrência aumente ou diminua.
No exemplo da imagem é possível perceber que quando a criança emite a resposta de choro ela não obtém o objeto desejado, ou seja, seu comportamento de choro não está sendo reforçado, então a frequência da emissão desse tipo de resposta irá diminuir. Mas, quando a criança muda o comportamento e começa a apontar ao invés de chorar e ganha o brinquedo desejado, ela compreende que para ganhar o brinquedo ela precisa apontar, e não chorar.
Dessa forma, entregar o brinquedo sempre que ela apontar faz com que a frequência desse comportamento de apontar aumente. Assim, é preciso manejar as contingências de reforçamento para produzir mudanças nos comportamentos.
Referências:
Skinner, B. F. (1975). Contingências de reforço: uma análise teórica. Coleção Os Pensadores, volume 51.
Gostou do post? Deixe seu comentário 🙂